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O DOGMA DA “INFALIBILIDADE PASTORAL"

O DOGMA DA “INFALIBILIDADE PASTORAL"

       

“... Ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova” (Mt 15:14b).

 

Vamos iniciar esta análise, lendo um resumo de um conhecido conto infantil chamado “O Flautista de Hamelin", dos irmãos Jacob e Wilhelm Grimm:

 

“Em 1284, a cidade de Hamelin estava sofrendo com uma infestação de ratos. Um dia, chega à cidade um homem que reivindica ser um "caçador de ratos" dizendo ter a solução para o problema. Prometeram-lhe um bom pagamento em troca dos ratos - uma moeda pela cabeça de cada um. O homem aceitou o acordo, pegou uma flauta e hipnotizou os ratos, afogando-os no Rio Weser.

Apesar de obter sucesso, o povo da cidade abjurou a promessa feita e recusado-se a pagar o "caçador de ratos", afirmando que ele não havia apresentado as cabeças.

O homem deixou a cidade, mas retornou várias semanas depois e, enquanto os habitantes estavam na igreja, tocou novamente sua flauta, atraindo desta vez as crianças de Hamelin. Cento e trinta meninos e meninas seguiram-no para fora da cidade, onde foram enfeitiçados e trancados em uma caverna. Na cidade, só ficaram seus opulentos habitantes e seus repletos celeiros e bem cheias despensas, protegidas por suas sólidas muralhas e um imenso manto de silêncio e tristeza.

Foi isso que se sucedeu há muitos, muitos anos, na deserta e vazia cidade de Hamelin, onde, por mais que se procure, nunca se encontra nem um rato, nem uma criança”. [1]

 

Infelizmente, isto não é mais apenas um conto infantil, haja vista que os “Flautistas de Hamelin” da atualidade têm invadido as igrejas evangélicas, “enfeitiçando” os adultos (em vez de crianças, como no conto acima), com seus falsos ensinamentos, levando-os, um após o outro, para a cova da apostasia.

O que ocorre é que alguns já não têm mais apenas "O Livro do Senhor" (Is 34:16), a Bíblia, como única regra de fé e prática e, assim, crêem em qualquer novidade que se apresente. Se o modismo vier então da parte de um "pastor" (com "p" minúsculo), nem se fala! Aceitam qualquer afirmação pastoral sem passar pelo crivo das Escrituras, considerando tais “pastores” como os donos da opinião final, seguindo-os em suas falsas doutrinas, tais como ratinhos atrás do Flautista de Hamelin!

Porém, este fato não deveria nos pegar de surpresa, pois a Bíblia já nos alerta quanto a isto: “Porque virá tempo [e já veio] em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências” (2 Tm 4:3). [ênfase minha]

Vejamos o trecho a seguir, que bem resume esta situação, mostrando o que está ocorrendo (para nossa tristeza), até nas igrejas batistas:

 

“As Igrejas  estão sendo contaminadas por falsos crentes e falsos pastores que estão introduzindo o mundanismo, as músicas do mundo disfarçadas de músicas de Deus, pastores querendo encher suas igrejas com curas, revelações, línguas, doutrinas falsas que enganam os pobres, que não entendem da doutrina, são guias de cegos sendo eles mesmos cegos, conduzindo pessoas para o abismo e caindo junto. ‘Condutores cegos! que coais um mosquito e engolis um camelo’ (Mt 23:24), E confias que és guia dos cegos, luz dos que estão em trevas, instrutor dos néscios, mestre de crianças, que tens a forma da ciência e da verdade na lei, Tu, pois, que ensinas a outro, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas? Tu, que dizes que não se deve adulterar, adulteras? Tu, que abominas os ídolos, cometes sacrilégio? Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei?’ (Rm 2:19-23)” [2]

 

        Os pastores, que tanto copiam as últimas novidades da “moda das heresias”, agora, ao que parece, adotaram o Dogma da "Infalibilidade Pastoral", tal qual ocorre com a herética ICAR, que tem seu famoso Dogma da “Infalibilidade Papal”.

        E por falar nisso, façamos uma pausa para entendermos o tal dogma dessa falsa religião chamada Catolicismo Romano:

 

A infalibilidade papal, na teologia católica, consiste no dogma que afirma que o Papa, quando delibera solenemente algo em matéria de fé ou moral, ex cathedra (ou seja, oficialmente e como pastor da Igreja Universal), está sempre correto.

Este dogma foi explicitado na Constituição Dogmática Pastor Aeternus, sobre o primado e infalibilidade do Papa, promulgada pelo Concílio Vaticano I. O dogma é restrito às questões relativas à fé e a moral (costumes). A Constituição foi promulgada na Quarta Sessão do Concílio, em 18 de julho de 1870, pelo Papa Pio IX. A parte dispositiva do documento tem o seguinte teor:

O Romano Pontífice, quando fala "ex cathedra", isto é, quando no exercício de seu ofício de pastor e mestre de todos os cristãos, em virtude de sua suprema autoridade apostólica, define uma doutrina de fé ou costumes que deve ser sustentada por toda a Igreja, possui, pela assistência divina que lhe foi prometida no bem-aventurado Pedro, aquela infalibilidade da qual o divino Redentor quis que gozasse a sua Igreja na definição da doutrina de fé e costumes. Por isto, ditas definições do Romano Pontífice são em si mesmas, e não pelo consentimento da Igreja, irreformáveis”. [3]

 

Porém, é bom enfatizar que este dogma, inventado por Roma, não é unanimidade dentro de seu próprio império pagão, haja vista o famoso Cisma do Oriente, que foi a divisão ocorrida em 1054, no seio da mesma, entre a ala oriental e ocidental, que gerou a chamada Igreja Ortodoxa, ou Grego-Ortodoxa. [4]

A Igreja Ortodoxa não aceita, de forma alguma, tanto a primazia como a infalibilidade do bispo de Roma, o “Papa” (dogmas estes definidos pela Igreja Católica).

        Nos termos do Direito Canônico, a ICAR considera os católicos ortodoxos como “hereges”, pois estes negam vários dogmas da Igreja Católica Romana, especialmente todos os surgidos a partir do Concílio Constantinopla IV (aceitam só os sete primeiros; os ortodoxos pré-calcedonianos chegam a aceitar só os três primeiros...).

Como vemos, a tal “igreja una e indivisível”, tem lá suas sérias divisões, não sendo tão “una e indivisível” assim...

 

        Voltando aos nossos arraiais evangélicos (que é o que nos interessa), temos notado que alguns (falsos) pastores, tão em voga ultimamente, principalmente na mídia (mais capacitados a guiar bodes que ovelhas), estão se achando mesmo os “donos da verdade” e infalíveis”! Afinal, como eles mesmos fazem questão de alertar aos incautos, eles são “homens de Deus” e, portanto, ai de quem tiver coragem de tocar nos “ungidos do Senhor” (sic), atrevendo-se a contestá-los! (Será que também estão falando “ex cathedra”? Era só o que faltava!).

Só para citar um exemplo da arrogância de alguns “ungidos”, vejamos o caso do famoso televangelista Benny Hinn. Ao ser criticado (provavelmente por algum crente com discernimento), ele disse que gostaria de ter “uma arma do Espírito” para explodir a cabeça de seus críticos. Além disso, proferiu palavras funestas contra aqueles que refutaram suas heresias. Ele dirigiu ameaças ao As ameaças Instituto Cristão de Pesquisas dos EUA (conforme se lê no livro Cristianismo em Crise, editado pela CPAD, p. 376):

 

“Agora eu estou apontando meu dedo para vocês com o tremendo poder de Deus sobre mim... Ouçam isto! Existem homens e mulheres no sul da Califórnia me atacando. É sob a unção que lhes falo agora. Vocês colherão o que estão semeando em suas próprias crianças se não pararem... E seus filhos e filhas sofrerão” (...) Vocês estão me atacando no rádio todas as noites — vocês pagarão e suas crianças também. Ouçam isto dos lábios dum servo de Deus. Vocês estão em perigo. Arrependam-se! Ou o Deus Altíssimo moverá a sua mão. Não toqueis nos meus ungidos...”

 

Pessoas como esta “celebridade gospel”, não temem a "Espada de dois gumes" (Ef 6:17; Hb 4:12), e passam por cima dela. São verdadeiros rolos compressores. E o que é pior: fazem “malabarismos teológicos”, acréscimos e subtrações à mesma (Dt 4:12; 12:32; Pv 30:6; Ap 22:18-19) e, se necessário for, passam por cima até dos crentes que se opuserem às suas falácias.

Muitos “pastores” desse tipo (a maioria carismáticos), para se prevenirem quanto a possíveis contestações e ataques por causa de seus maus comportamentos, ou de suas falsidades, buscam apoio em textos da Bíblia, totalmente fora do contexto (usando passagens relativas a Israel, como se fossem para a igreja), tais como: “Não toqueis os meus ungidos, e não maltrateis os meus profetas” (Sl 105:15) e procuram, dissimuladamente, incutir tais conceitos na mente do povo, para garantir outros defensores de sua condição de “ungidos do Senhor”.

Porém, vejamos quem eram os verdadeiros “ungidos do Senhor” no A.T.:

 

“Quem são os ungidos do Senhor? O contexto deixa isto bem claro, e por ele nós podemos ter certeza absoluta quem são as pessoas a quem o Senhor se refere como sendo os "ungidos do Senhor" e de "meus profetas". Salmos 105:8-15 diz o seguinte: “Lembrou-se da sua aliança para sempre, da palavra que mandou a milhares de gerações. A qual aliança fez com Abraão, e o seu juramento a Isaque.  E confirmou o mesmo a Jacó por lei, e a Israel por aliança eterna, dizendo: A ti darei a terra de Canaã, a região da vossa herança. Quando eram poucos homens em número, sim, mui poucos, e estrangeiros nela; quando andavam de nação em nação e dum reino para outro povo; não permitiu a ninguém que os oprimisse, e por amor deles repreendeu a reis, dizendo: Não toqueis os meus ungidos, e não maltrateis os meus profetas”

O texto é absolutamente cristalino. Aqueles que são chamados de "ungidos do Senhor" e de "meus profetas" são os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. São os Israelitas. Todos e cada um deles. Ninguém que pertença verdadeiramente ao povo de Israel é deixado de fora.

        Portanto, como dissemos, o mito de que os pastores constituem-se em os "ungidos do Senhor", como uma casta distinta e superior a todos os crentes, não passa realmente de uma invencionice perversa cujo único propósito é munir homens perversos com mecanismos que os possibilitem abusar de suas ovelhas. Precisamos retornar, de maneira urgente, ao padrão bíblico do pastor-servo à imitação do próprio Senhor Jesus”. [5]

 

A Bíblia nos mostra que ser ungido, nesta era da igreja (dispensação da graça), não é exclusividade de ocupantes dos púlpitos, pois, no N.T., a unção está disponível a todos os que estão salvos em Jesus Cristo“E vós tendes a unção do Santo, e sabeis tudo... E a unção que vós recebestes dele, fica em vós...” (1 Jo 2:20, 27b) e não precisa ser “renovada”, sendo inerente à salvação.

Não satisfeitos, esses “pastores” também usam outros versículos do N.T., para amedrontar os incautos, dentre eles: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós” (Mt 7:1-2).

Eles esquecem que essas passagens são relativas a Israel e não à igreja, pois o Senhor Jesus Cristo dirigiu essas palavras “... às ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mt 15:24). Os judeus tinham que se preocupar com “falsos cristos e falsos profetas” (principalmente nestes tempos finais e durante a Grande Tribulação). Nós, como igreja, temos que nos preocupar é com “falsos doutores, falsos irmãos e falsos apóstolos”, segundo nos ensina Paulo, o “apóstolo dos gentios”.

Vejamos um trecho do artigo de Kevin Reeves:

 

“Conquanto sejamos advertidos continuamente a não falar contra os líderes, temos principalmente em mente que Deus sempre usou um homem para corrigir outros homens, especialmente dentro da Igreja. Paulo enfrentou a hipocrisia de Pedro (Gálatas 2:11-14); João denunciou Diótrefes (3 João 9-10); Paulo entregou Himeneu e Alexandre a Satanás por causa de sua blasfêmia (1 Timóteo 1:20). A Bíblia está repleta de exemplos de confrontação piedosa à falsa doutrina, com uma firme recomendação em favor da verdade”. [6]

       

Para tal, a Bíblia nos exorta a sermos como os crentes de Beréia (At 17:11), a julgar segundo a reta justiça (Jo 7:24) [7] e a examinar tudo, retendo o bem (1 Ts 5:21).

Estamos vivendo em “tempos insuportáveis”, pois a operação do erro opera, ou melhor, impera: “E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira” (2 Ts 2:11). Só mesmo a graça do Senhor para nos sustentar.

Os homens (inclusive, infelizmente, alguns que se dizem “evangélicos”), não suportam mais a sã doutrina (2 Tm 4:2-5). Que bom seria se os crentes lessem (especificamente falando) a epístola de Paulo a Timóteo! Tudo o que está ocorrendo na atualidade, já está ali evidenciado e mostrado, detalhadamente. Afinal, a Bíblia é o “Livro das Respostas”; pois, Deus nos revelou tudo concernente à vida e piedade, não é mesmo? (2 Tm 3:16-17; 2 Pe 1:3). [8]      

Kevin Reeves nos mostra algumas heresias pregadas por certos “Flautistas de Hamelin”:

 

“Quando mestres da Palavra da Fé (Kenneth Hagin, Kenneth Copeland, Joyce Mayers e outros) ensinam que a cruz de Cristo não reparou os pecados e que, em vez disso, Cristo precisou sofrer no inferno, em nosso lugar, como um mero homem (Jesus morreu espiritualmente) isso é heresia. Quando Copeland afirma que Deus lhe contou que Jesus precisou nascer de novo no inferno, isso é heresia. Quando Hagin afirma que o crente é uma completa encarnação do Filho de Deus, isso é heresia. Quando Benny Hinn disse  a uma audiência de TV que Jesus iria aparecer-lhe fisicamente no palco de uma de suas cruzadas, isso é heresia.

Não estamos tratando aqui de assuntos periféricos, mas de heresias. As doutrinas verdadeiras são essenciais à nossa salvação. Qualquer pessoa que apresente à igreja uma doutrina que altere o Caráter ou a Pessoa de Deus ou a nossa salvação exclusivamente por meio de Cristo, cai em condenação (Gálatas 1:8-9). Os mestres da Palavra da Fé  do Movimento “River” têm feito isso muitas vezes, sem jamais terem se retratado. Contudo, por causa do seu status de “mestres da Palavra de Deus”, eles têm recebido virtual imunidade. Examinar criticamente as doutrinas por eles promovidas e expor suas aberrações e heresias é invocar a condenação divina, segundo eles propalam!” [9]

 

O que nos conforta é que chegará o dia em que esses “pastores” terão que enfrentar a Palavra Viva de Deus e não sobrará nada: “Quem me rejeitar a mim, e não receber as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia” (Jo 12:48). Terão também que dar conta de tudo o que fizeram, “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal” (2 Co 5:10), quando “a obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um” (1 Co 3:13).

Há inúmeros exemplos desses “Flautistas de Hamelin”, na atualidade (alguns são pastores, outros não); mas, vou mencionar apenas algumas estrelas (“cadentes”) da galeria da fama internacional, tão idolatradas por muitos. São eles: Harold Ockenga, Billy Graham, Donald McGavran, Robert Schuller, C. Peter Wagner, Rick Warren, Bill Hybels, Benny Hinn, Jerry Falwell, Dan Southerland, Bob Buford, John Maxwell, Carl F. George, Lee Strobel, Kenneth Copeland, Joyce Mayers, Kenneth Hagin, John Wimber, Kathryn Kuhlman, etc.

Como nos relata o autor Mac Dominick, do Cutting Edge Ministries (site Espada do Espírito):

 

“Esses indivíduos foram (ou são) realmente os verdadeiros "flautistas de Hamelin" que estão levando as massas sem discernimento do cristianismo evangélico ao mesmo abismo de apostasia que se tornou o destino daqueles que seguiram os modernistas que negam a maioria das doutrinas fundamentais que esses mesmos evangélicos afirmam defender. Entretanto, todos os vestígios da teologia fundamentalista estão lentamente desaparecendo dos círculos evangélicos à medida que a metodologia da Religião Orientada Para Resultados, que adota e defende o relativismo cultural em uma cultura predominantemente pós-moderna de tolerância engendra questões sérias: A supressão do ensino doutrinário forte de modo a apelar à cultura geral levará a uma falta de aderência, ou crença, na verdade absoluta; a ausência da verdade absoluta solapa os ensinos absolutos da Palavra de Deus; assim, os evangélicos estão se colocando em uma sinuca ao acomodar a norma cultural (...) Portanto, podemos ter certeza que tanto a teologia quanto a metodologia da Igreja do Novo Paradigma continuará a se aventurar longe da origem doutrinária expressa por aqueles defensores da fé que se chamavam a si mesmos de fundamentalistas”. [10]

 

Os pastores deveriam meditar, urgentemente, em Ezequiel 34 (capítulo que narra a situação de Israel no A.T., mas que é bem parecida com a situação em que vivemos atualmente), de cujo contexto transcrevo os versículos a seguir: “Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu estou contra os pastores; das suas mãos demandarei as minhas ovelhas, e eles deixarão de apascentar as ovelhas; os pastores não se apascentarão mais a si mesmos; e livrarei as minhas ovelhas da sua boca, e não lhes servirão mais de pasto. Porque assim diz o Senhor Deus: Eis que eu, eu mesmo, procurarei pelas minhas ovelhas, e as buscarei” (Ez 34:10-11).

Não mencionei os “Flautistas de Hamelin” tupiniquins, pois estes são meros importadores das heresias estrangeiras (pois devem achar que este tipo de importação é chique!) e copiadores de “receitas que deram (aparentemente) certo”. Esses indivíduos querem status, sem se preocupar com o zelo com a sã doutrina; pois, a verdade divide e o que eles não querem, de forma alguma, é baixo número de “espectadores” nos bancos de suas igrejas.

Não sei se já presenciaram alguma situação parecida; mas, eu já tive o desprazer de presenciar tal fato, na prática, quando um certo “pastor” quis impor seus pontos de vista à igreja, sem qualquer base bíblica, e todos o seguiram, sem questionar.

Quando minha esposa e eu estávamos pensando em sair daquela igreja em que congregávamos, a seguinte passagem bíblica tocou fundo em meu coração, naquela época: “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso (2 Co 6:14-18). [grifos meus]

A irmã em Cristo Mary Schultze, em uma mensagem de e-mail, bem resume como está a situação no Brasil:

 

“Realmente, os pastores modernos estão por demais “ocupados” em seus devaneios de construir umaIgreja numerosa, com propósitos, rica e abastada, numa espécie de concorrência desleal entre eles. Falta-lhes tempo para se dedicarem às ovelhas.

Se os pastores trabalhassem em algum emprego secular, em vez de ficarem somente "sonhando acordados", em seus gabinetes pastorais, faturando à custa dos crentes TOLOS que entregam o dízimo, a Igreja não estaria tão corrompida como está. Paulo nos adverte que "o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males" (1 Timóteo 6:10). E como o vil metal corrompe as pessoas, 99% dos pastores (principalmente os pentecostais) já se corromperam por causa do dinheiro. Por isso, existem tantas brigas dentro dessas denominações "barulhentas" e "festeiras". Onde fica HABACUQUE 2:20?

A Igreja do futuro será virtual. Todo crente que lê a Bíblia com o sincero desejo de crescer na graça, adquire discernimento espiritual; então, ele ora e vive honestamente em todos os sentidos, obedecendo aos ensinos de Paulo,  sem fazer dívidas (Romanos 13:7-8) e amando ao próximo. Assim, além de ser salvo, ele se torna parte da verdadeira Igreja do Senhor e não precisa se locomover até uma Igreja edificada com tijolos e cimento”.

AVISO: Qualquer semelhança com o que foi narrado neste artigo, NÃO É MERA COINCIDÊNCIA, pois, ostempos estão mesmo difíceis...

 

Humberto Fontes (humbertoetania@globo.com)

14 de Junho de 2006. (Revisado e ampliado em Setembro/2008)

 

OBS: Dedico este artigo aos irmãos bíblicos (servos do Senhor Jesus Cristo) que buscam servir e adorar ao Senhor, em espírito e em VERDADE, mas que já estão tendo que se reunir nas próprias casas, como ocorria com a igreja primitiva, por estar cada vez mais difícil encontrar uma igreja sadia, perto de suas residências, para congregar, nestes tempos de Laodicéia. 

 

NOTAS:

 

[1] http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Flautista_de_Hamelin (Conto infantil “O Flautista de Hamelin”).

 

[2] http://solascriptura-tt.org/SeparacaoEclesiastFundament/IgrejasBatistasAcordem-Gameiro.htm (Igrejas batistas acordem, por favor! Pr. Jorge A. Gameiro - pastor da Igreja Batista Regular em Jardim Santo Antônio na cidade de Osasco - e-mail jagameiro@sf.com.br

 

[3] http://pt.wikipedia.org/wiki/Infalibilidade_papal (Infalibilidade Papal)

http://br.groups.yahoo.com/group/solascripturatt/message/2721 (Breve refutação da infalibilidade papal - Por Rodrigo Silva Barros)

 

[4] http://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Cisma_do_Oriente (Grande Cisma do Oriente)

http://www.solanoportela.net/artigos/cisma_igreja.htm (O Grande Cisma da Igreja, por Solano Portela)

 

[5] http://www.jesussite.com.br/acervo.asp?id=1276 (ABUSO ESPIRITUAL - Não Toqueis nos Meus Ungidos - Parte 2 -Alexandros Meimaridis)

http://www.espada.eti.br/n1388.asp (Espírito Demoníaco do Erro é Desmedido em Certos Homens Que se Apresentam Como Líderes Cristãos - Autor: Pr. Ronald Riffe)

http://www.espada.eti.br/unidade.asp (A Unidade Cristã - Autor: Marcos A. F. Martins)

 

[6] http://www.cpr.org.br/O_Sectarismo_Carismatico.htm (O Sectarismo Carismático - Kevin Reeves - Traduzido e comentado por Mary Schultze)

 

[7] Pode o crente julgar?

 

http://solascriptura-tt.org/SeparacaoEclesiastFundament/DeveCrenteNuncaJulgar-Huling.htm (Deve o crente nunca julgar? Por Hélio de Menezes Silva, baseado em Franklin G. Huling)

http://solascriptura-tt.org/SeparacaoEclesiastFundament/EssesFariseusFundamentalistas-DCloud.htm (Esses fariseus fundamentalistas - Autor: David Cloud, traduzido por Jeanne Rangel)

http://solascriptura-tt.org/SeparacaoEclesiastFundament/QuemEsTuQJulgasServoAlheio-DCloud.htm (Quem és tu que julgas o servo alheio? Autor: David Cloud)

http://solascriptura-tt.org/SeparacaoEclesiastFundament/CalarPorAmorOuFalarPorVerdade-Lieth.htm (Calar por amor ou falar por causa da verdade? Autor: Norbert Lieth)

http://solascriptura-tt.org/SeparacaoEclesiastFundament/PragIg10-NaoCritique-ComuniqEstiloModa-MDominick.htm(Pragmatismo na Igreja: Uma Religião Orientada Para Resultados - Capítulo 10: Brincando de Igreja com o Jogo dos Números - Parte 3: Regras 4 e 5 no Jogo da Igreja do Novo Paradigma – Autor: Mac Dominick)

http://www.jesussite.com.br/acervo.asp?id=1243 (O Cristão pode julgar? Autor: Alexandros Meimaridis)

http://www.espada.eti.br/p187.asp (O que a Bíblia realmente ensina sobre julgar os outros – Autor: Pr. Ron Riffe)

 

[8] http://www.solascriptura-tt.org/Bibliologia-PreservacaoTT/OLivroRespostas-KJVOnly-Gipp.htm ("O LIVRO DAS RESPOSTAS" - The Answer Book, Dr. Samuel C. Gipp, ThD., traduzido por Mary Schultze)

 

[9] Kevin Reeves – artigo citado.

 

[10] http://www.espada.eti.br/n1506cap-12.asp (Pragmatismo na Igreja: Uma Religião Orientada Para Resultados e Que Abre a Porta Para o Anticristo. Uma Apostasia Com Propósitos - Capítulo 12: A Galeria da Fama da Igreja do Novo Paradigma: Os Flautistas de Hamelin na Igreja do Século 21 – autor Mac Dominick)