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Culto aos homens - O Deus "bonzinho" e submisso

Culto aos homens - O Deus "bonzinho" e submisso

Ho, ho, ho! Alguém quer uma bênção?

 

 


Ho, ho, ho! Nesses últimos dias, em que muitos cultos transformaram-se em reuniões para agradar, elogiar e “abençoar” o ser humano, além de melhorar a sua auto-estima, as mensagens cristocêntricas tendem a perder o sentido.

Tornam-se cada vez mais raros os mensageiros da cruz de Cristo. Para muitos crentes, Deus é uma espécie de “Papai Noel”, que entra nos templos com um grande saco de presentes nas costas e começa a distribuí-los aos que têm fé.

Os anjos podem ser comparados aos elfos — pequenos auxiliares do “bom velhinho”, que o ajudam a distribuir “brinquedos” para os “meninos”.

Provações e tribulações? Nem pensar! Nesse evangelho humanista e triunfalista que prevalece em nossos dias não há espaço para o sofrimento. O crente, como homem de fé, deve decretar, determinar, “profetizar”, exigir a saúde física e as bênçãos materiais! É como se qualquer declaração de fé fosse uma profecia. “Somos a boca de Deus na terra” — dizem os seguidores do Papai Noel. As palavras humanas são “mágicas” e têm um poder sobrenatural para abençoar e amaldiçoar. Enfim, o homem é produto de suas próprias palavras.

A fé é centrada no homem e suas necessidades, e não em Cristo. Tudo gira em torno da fé para receber, receber e receber... Fica a impressão de que ser um seguidor de Cristo implica apenas usufruir a graça, sem precisar fazer nada em gratidão pela tão grande salvação. O “culto” é apenas um encontro para recebimento de bênçãos, como se Deus fosse o “bom velhinho” do Pólo Norte...

PARA QUEM É O CULTO?

Um crente que não fora ao culto de domingo, em uma certa igreja, perguntou a um amigo, na segunda-feira:

— Como foi o culto ontem? Foi bom?
— Não sei. Pergunte a Jesus — respondeu o amigo.
— Como assim? — retrucou o primeiro, estranhando a inesperada e aparentemente ríspida resposta.
— Não me leve a mal. Você vai ao templo cultuar a Deus ou receber bênçãos? — perguntou o irmão que estivera no culto de domingo. — É claro que o Senhor nos abençoa, quando estamos na presença dEle. Porém, o culto é uma reunião para os crentes receberem bênçãos, ou, antes de tudo, um momento para adorarmos a Deus na beleza de sua santidade?

OS PREGADORES DO DEUS PAPAI NOEL

Um influente líder da juventude afirmou: “Se você quer pregar sem se contextualizar, esqueça! Estamos cansados de tanta cerimônia, de tanta opressão, de tanta mesmice. As pessoas não vão aos cultos para serem repreendidas, mas para buscar soluções para problemas, conflitos, receber alívio para seus sofrimentos; enfim, para satisfazer as suas necessidades”.

Mas, à luz das Escrituras, o compromisso do pregador é com o Senhor. Quando o Senhor mandou Ezequiel profetizar, avisou-o de que o auditório não o ouviria, pois era “casa rebelde” (Ez 2.1-4). O homem de Deus deve pregar, quer ouçam, quer deixem de ouvir, porque o seu compromisso é com Deus (v. 5). Jesus não elogiou ou agradou Nicodemos, mas lhe disse, com franqueza, que era necessário nascer de novo (Jo 3.1-5).

As mensagens dos pregadores desse deus Papai Noel são voltadas exclusivamente para o ser humano e suas necessidades. Eles não pregam a Jesus Cristo. Suas mensagens possuem temas sofisticados, como “Grávidos de um avivamento”. Ouvi, recentemente, uma pregação com esse tema, em que o pregador divagou sobre todas as fases de uma gestação — desejos, enjôos, etc. —, aplicando tudo a um avivamento vindouro. Antes, porém, o “avivalista” discorreu sobre como o crente pode ficar “grávido”...

E você, caro leitor, acredita em Papai Noel? Ou adora a Deus, independentemente das circunstâncias?

Ciro Sanches Zibordi